quarta-feira, 12 de maio de 2010

Uma base bem sedimentada

Estudando pelo livro "Guia Prático de Criação Literária", de Moacir C. Lopes, me deparei com o seguinte parágrafo:

"Como, para estudar Direito, tem-se de começar pelo Código de Hamurábi e o Direito Romano, para se tornar engenheiro são necessárias noções de estrutura e argamassa, eu achava que para a aventura de escrever uma peça de ficção era necessário conhecer o que havia sido feito antes de mim, ler pelo menos uma parte dos grandes mestres da literatura universal, indagar por que se tornaram mestres". 

Ler é um grande barato! Na verdade, acho que é um dos maiores prazeres que eu tenho. Comecei a ler muito cedo e sempre gostei. Na época do colégio, adorava as aulas de literatura. Quando fiz cursinho para prestar o vestibular, fiquei tão empolgada com alguns dos professores que quase troquei o Direito por Letras. Pensando friamente hoje, acho que teria sido uma decisão acertada.

Mas quando a gente se mete a escrever, a forma da leitura tem que mudar um pouquinho, e eu só fui me dar conta disso agora. Precisamos fazer uma análise crítica, absorvendo o que o autor quis realmente passar, qual o seu estilo e tentando captar sua motivação.

Devorei Gabriel García Marquez de uma forma muito mais intensa do que o teria feito há um mês. Prestei atenção nos seus detalhes e na sua riqueza. Estou fazendo o mesmo agora com Dostoievisk, e ainda tenho uma lista de dezoito autores a cumprir.

Minha esperança é poder captar tudo o que tiver de melhor em todos os livros que passarem pelas minhas mãos a partir deste estudo, para que eu possa proporcionar a quem me lê a mesma alegria que eu sinto quando leio livros de qualidade.

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