sábado, 15 de maio de 2010

Paulo Coelho

Hoje nos meus estudos, li um texto chamado "A ficção falsa" do crítico literário Flávio Carneiro. Aliás, recomendo. Quem quiser lê-lo, está no site www.flaviocarneiro.com.br

Flávio diz no seu artigo:
"Não gosto de Paulo Coelho porque gosto da literatura. Não gosto de Paulo Coelho porque, como Bartolomeu Campos Queiroz, acredito que a 'fantasia é o que há de mais íntimo em nós' , e não posso gostar de ver alguém vendendo intimidades pré-fabricadas". 

Eu nunca li Paulo Coelho, e nem preciso. Já sei que não gosto. Mas acho um pouco forte dizer que não se pode gostar dele porque se gosta da literatura.Os livros do sujeito vendem como água. O autor é conhecido no mundo todo. Gostem os críticos ou não. Então algum valor seus livros devem ter.  


Acredito que em qualquer tipo de arte há espaço para todos. No cinema por exemplo, não há que se comparar um clássico como Cinema Paradiso com Missão Impossível. Contudo, dependendo do momento, a segunda opção pode ser muito mais divertida. 


Na literatura existe um preconceito muito grande com algumas vertentes. Qual o problema de se fazer livros de entretenimento? Eles são menos literatura que os outros? Muito se critica a denominada "literatura de mulherzinha", contudo esquecem que Machado de Assis escrevia para mulheres, no que poderia ser considerado uma "literatura de mulherzinha" da sua época. 


Na minha visão de leitora, o grande problema de Paulo Coelho está naquela auto ajuda de botequim, psicologia barata. Entretanto, se há milhares de pessoas que gostam, paciência. Tiro o chapéu para ele. 


Não acho que exista livro ruim. O que existe é o leitor certo para cada livro. Mas cá para nós, ainda bem que não sou eu a leitora certa do Paulo Coelho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário